Autoempatia

A prática da Auto Empatia é talvez uma das mais centrais no processo da Comunicação Não-Violenta (CNV). É uma forma de termos mais clareza interna, criar mais auto conexão, melhorar a qualidade de nossa presença em situações difíceis e nos apoiar a tomar decisões, fazer escolhas e tomar atitudes frente a desafios.

Empatia é um termo amplo, com definições que variam dependendo do campo de conhecimento e prática em que é utilizado. Na CNV há um entendimento bastante específico sobre como praticar a empatia. Buscamos ouvir além das palavras e dos comportamentos das pessoas, e nos conectar com o que está por trás. 

Tentamos ouvir o que a pessoa está sentindo e o que está gerando esses sentimentos: os valores ou necessidades humanas universais que estão presentes ou faltando para a pessoa na situação. Como na prática da CNV buscamos nos afastar de diagnósticos, não tentamos determinar o que ocorre com a pessoa, mas, com respeito, delicadeza e curiosidade, perguntamos a ela se o que estamos percebendo é o que de fato está ocorrendo com ela: “Você está chateado porque pra você é importante haver mais respeito nessa situação?”; “Está feliz pois conseguiu contribuir?”; “Não teve o apoio que você queria e por isso você está frustrada?” e assim por diante. 

Este tipo de pergunta ajuda a sair do padrão dominante de julgamentos e análises fundamentados no binarismo bom/mal e certo/errado para um foco no que é importante para a pessoa, e isso contribui para que ela se sinta compreendida e acolhida. 

A auto empatia é essa mesma prática, porém voltada para nós mesmos. Quanto mais praticamos mais temos clareza interna do que ocorre conosco nas mais diversas situações, tanto agradáveis, para que saibamos melhor o que nutre nossas vidas, quando nos momentos desagradáveis, para nos autorregularmos e processarmos o que vivemos, podendo decidir mais rapidamente qual direção seguir. 

O processo é bastante simples: iniciamos identificando o gatilho, a fala ou ação que nos chegou mal, por exemplo, em uma situação desafiadora. Muito importante é nos atermos apenas ao fato observável, sem misturar com nossas análises, julgamentos ou interpretações – buscamos identificar apenas o que foi dito ou a ação que foi executada. Em seguida, buscamos tomar consciência dos pensamentos e julgamentos que surgem como reação ao gatilho. Então focamos a atenção em como nos sentimos, que emoções ou sensações físicas surgem em nós. Por fim, buscamos entender porque nos sentimos desta forma, ou seja, quais são os valores ou necessidades humanas universais que não estão atendidas na situação que estamos vivendo. 

O objetivo deste processo é nos ajudar, como na empatia aos outros, a perpassar a nuvem de confusão e julgamentos e buscarmos nos conectar com o que é mais importante para nós, de maneira que nos apoie a atender nossas necessidades e cuidar dos valores que queremos viver em nossas vidas.

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